Açúcar: A Receita Perfeita Para Ganhar Gordura
Você sente dificuldades para parar de comer doces, sorvete, cupcake, chessecake, brigadeiro, entre outras guloseiras? E como fica a balança depois? Pois é! O açúcar pode ser prejudicial para a sua saúde, inclusive o seu peso!
O consumo dele pode ter efeitos nocivos sobre o metabolismo, causar inflamações e contribuir para todos os tipos de doenças.
A verdade é que o açúcar engorda, e muito.
Leia até o final e envia no grupo da família.
Açúcar e a Frutose
Açúcar (sacarose) e xarope de milho de alta frutose contém duas moléculas: glicose e frutose.
Glicose é absolutamente vital para a vida, aliás é uma parte integrante do nosso metabolismo. Nossos corpos produzem e temos um reservatório constante de glicose na corrente sanguínea.
Cada célula do corpo pode usar glicose para obter energia. Se não obtemos glicose da dieta, nossos corpos produzem o que precisamos de proteínas e gorduras.
Frutose, no entanto, é muito diferente. Esta molécula não é uma parte natural do metabolismo e os seres humanos não a produzem. Na verdade, poucas células do corpo podem fazer uso dela, exceto as células do fígado.
Quando comemos muito açúcar, por exemplo, a maior parte da frutose é metabolizada pelo fígado. Lá é transformado em gordura, que é então segregada no sangue.
Estudos revelaram que os açúcares simples, chamados de monossacarídeos, prejudicam a saúde.
O açúcar da cana-de-açúcar, tão popular no Brasil, cujo nome específico é sacarose, quando digerido, se transforma em glicose e frutose, por exemplo.
De maneira geral, o excesso de glicose não é bom. Mas, nos últimos anos sabemos que o excesso de frutose pode ser ainda pior.
Afinal, a frutose é derivada do açúcar das frutas e do xarope de milho, que contém frutose concentrada.
Esse xarope com alta concentração de frutose e sabor muito doce, é usado pela indústria alimentícia. O xarope é composto por uma combinação quase em partes iguais de glicose e frutose.
Após a absorção desses açúcares pelo intestino, a frutose é metabolizada no fígado primeiro que a glicose.
Quando ocorre excesso de frutose, ocorre uma ação metabólica anormal chamada de resistência à insulina.
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Frutose causa resistência à insulina
A insulina é um dos principais hormônios que regulam o metabolismo humano e uso de energia.
Ela é secretada pelo pâncreas e viaja no sangue para células periféricas, como células musculares, por exemplo, permitindo que a glicose entre nas células onde ela pode ser usada.
Quando você come uma refeição rica em carboidratos, os níveis da glicose sobem. Excesso de glicose é tóxico, portanto, a insulina rapidamente sobe para tirar a glicose da corrente sanguínea.
Em pessoas saudáveis, este mecanismo funciona muito bem. No entanto, ele tende a falhar.
As células tornam-se resistentes aos efeitos da insulina, e faz com que o pâncreas tenha de trabalhar ainda mais para conduzir a glicose para dentro das células.
Quando você se torna resistente à insulina, tem um excesso de insulina no sangue o tempo todo. Ou seja até que o sistema inteiro “quebre” e leve ao diabetes tipo II, o que pode acontecer eventualmente.
Mas a insulina também tem outras funções, afinal ela envia sinais para as células de gordura.
Quando os níveis de insulina são cronicamente elevados, grande parte da energia na corrente sanguínea é seletivamente depositada nas células de gordura e armazenadas.
O consumo excessivo de frutose é uma causa conhecida de resistência à insulina (1, 2).
Nisso, o corpo tem dificuldade em acessar a gordura armazenada e o cérebro começa a pensar que está com fome. Ou seja, isso impulsiona você a comer demais, aumentando as chances de engordar.
Consumir muito açúcar aumenta cronicamente os níveis de insulina no sangue, que seletivamente deposita energia dos alimentos em células de gordura.
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Resistência a Leptina
A frutose também causa ganho de peso por seus efeitos sobre um hormônio chamado leptina.
A leptina é secretada por células de gordura. Quando o cérebro sente o aumento da leptina, ele “vê” que temos bastante gordura armazenada e que não precisamos comer mais.
Este é o mecanismo que faz você sentir saciedade, e coma menos quando há muita gordura nas nossas células de gordura, o que preveni a obesidade.
Mais gordura = mais leptina = energia suficiente = não precisa comer. Simples assim.
Porém, o aumento da leptina também nos faz liberar mais gordura “estocada” e aumenta a taxa metabólica.
Esse seria o funcionamento correto do hormônio, mas se o cérebro se torna resistente à leptina, então este processo regulador não vai funcionar.
Se o cérebro não vê a leptina, ele não vai saber que as células de gordura estão cheias. Ou seja, não haverá qualquer sinal para dizer ao cérebro que ele precisa parar de comer.
É assim que a resistência à leptina nos torna gordos. O cérebro pensa que o corpo está morrendo de fome e nos faz comer mais e queimar menos calorias.
É por isso que a maioria das pessoas não pode simplesmente “comer menos, mover-se mais” e viver felizes para sempre.
Temos de nos livrar da resistência à leptina, para que o nosso cérebro “veja” toda a gordura que guardamos.
Uma dieta rica em frutose pode causar resistência à leptina. A frutose aumenta os níveis de triglicerídeos no sangue, o que bloqueia o transporte de leptina do sangue para dentro do cérebro (3, 4).
O excesso de açúcar interfere na regulação da gordura corporal, fazendo o cérebro pensar que ele precisa continuar comendo.
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Frutose X Saciedade
O corpo e o cérebro regulam a ingestão de alimentos, e envolve múltiplos hormônios e circuitos neurais.
Há uma região no cérebro chamada hipotálamo, onde todos esses sinais são interpretados. Além disso, é onde a leptina funciona no cérebro, juntamente com vários neurônios e outros hormônios.
Um estudo publicado em 2013 examinou os efeitos da frutose e glicose sobre a saciedade e a ingestão de alimentos (5).
A bebida adocicada com frutose, apesar de ter as mesmas calorias que a bebida de glicose, não aumentou tanto a saciedade.
Outro importante hormônio é chamado grelina, o hormônio da fome. Quanto mais grelina, mais fome sentimos. Outro estudo mostrou que a frutose não reduziu os níveis sanguíneos de grelina quase tanto quanto a glicose.
Estes estudos sugerem que a frutose não faz você se sentir completo após uma refeição, da mesma forma que a glicose, mesmo com o mesmo número de calorias.
Isso não se aplica a frutas inteiras, que são alimentos reais com fibra e uma baixa densidade de energia. Afinal, as frutas são uma fonte relativamente pequena de frutose na dieta.
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O açúcar é viciante
O açúcar causa atividade de opiáceos e dopamina nos centros de recompensa do cérebro. Ou seja, pode levar a comportamentos e alterações neuroquímicas que se assemelham aos efeitos de drogas como a nicotina e cocaína (6).
Em um grande artigo de revisão publicado em 2008 na revista Neuroscience and Biobehavioural Reviews, os pesquisadores examinaram as evidências do potencial aditivo do açúcar (7).
A evidência é muito forte de que o açúcar é viciante.
Comer açúcar nos dá “prazer” e libera opiáceos e dopamina no sistema de recompensa do cérebro, especificamente em uma área chamada o Núcleo Accumbens (8).
A dificuldade para parar de comer doces apesar de consequências físicas negativas mostra que algumas pessoas já estão viciadas em açúcar.
5- Engorda
O açúcar pode te engordar.
O consumo excessivo provoca resistência à insulina e aumenta os níveis de insulina no organismo, além disso, aumenta a deposição de gordura nas células de gordura.
Frutose provoca resistência a um hormônio chamado leptina, o que faz o cérebro não “enxergar” que as células de gordura estão cheias de gordura.
Isso leva ao aumento da ingestão de alimentos e diminuição da queima de gordura.
Para piorar, você não se sente satisfeito. Ou seja, isso aumenta a ingestão alimentar global.
O açúcar, com seu poderoso efeito sobre o sistema de recompensa, provoca dependência em certos indivíduos. Isso ativa um poderoso comportamento de recompensa que também aumenta a ingestão de alimentos.
Sendo assim, quanto mais açúcar você comer, mais poderoso ele se torna.
A resistência à insulina e a leptina aumenta ao longo do tempo e o comportamento de busca de recompensas se torna mais forte.
Você come mais e esse é um ciclo vicioso, que ajuda a explicar o porquê suas calças não estão fechando.
Por isso, eu sempre recomendo para meus pacientes e seguidores que cortem o açúcar da alimentação.
Além de te engordar, o açúcar também pode adoece você.
Mas o açúcar não é todo o problema. Afinal, não adianta consumir de vez em quando alguns alimentos naturais, isso não é bastante para garantir a boa saúde.
Assista ao vídeo com atenção e comece a implementar essas dicas hoje mesmo!
Abraços e fique com Deus!
Dr. Juliano Pimentel.
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