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Psoríase: Causas, Sintomas e Tratamentos Naturais

Psoríase: Causas, Sintomas e Tratamentos Naturais

Pele seca, coceira, escamosa ou com manchas vermelhas, podem ser sintomas de psoríase. Condição autoimune persistente que faz com que placas vermelhas em relevo se formem na superfície da pele.

Por ser uma doença sem cura definitiva, a psoríase geralmente vem e vai em ciclos ao longo da vida, muitas vezes causando sintomas quando a função imunológica baixa ou os níveis de estresse estão elevados (1).

Neste artigo, eu vou abordar quais são as principais causas e sintomas da psoríase.

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Psoríase

Ela é uma desordem autoimune, por isso é preciso uma variedade de mudanças de estilo de vida e remédios para trazer alívio significativo, especialmente se a doença autoimune tornou-se grave e também causa outros sintomas, como dor nas articulações e fadiga.

Os médicos normalmente usam medicamentos e prescrevem cremes para ajudar a diminuir a aparência de manchas vermelhas na pele, mas não resolvem o problema subjacente ou a condição autoimune em si.

Abaixo da superfície da pele, a psoríase pode fazer com que as células da pele se multipliquem em um ritmo muito rápido, às vezes até 100 vezes mais rápido do que em alguém que não tem psoríase (2).

Isso faz com que uma grande quantidade de células da pele eventualmente chegue à camada externa da pele e morra na superfície (como todas as células da pele envelhecidas fazem), deixando para trás uma placa vermelha levantada.

Especialistas ainda não sabem uma maneira de quebrar esse ciclo, embora pesquisas mostrem que a melhora da imunidade ajuda a tratar os sintomas da psoríase.

Controlar o estresse também pode ajudar. Por exemplo, estudos mostram que cerca de 80% das pessoas com crises de psoríase relatam trauma emocional recente (3).

Sintomas e Tipos 

Existem vários tipos de psoríase e todos eles causam desconforto na pele. 

Os sintomas aparecem na pele dos joelhos, cotovelos e couro cabeludo com mais frequência. Algumas pessoas raramente desenvolvem sintomas na barriga, costas, mãos e pés (4):

> Psoríase em Placa (a forma mais comum): É o tipo mais comum, correspondendo a cerca de 90% dos casos. São lesões em placas, ovais, distribuídas simetricamente no coro cabeludo, cotovelos, joelho, umbigo e costas. Podem também surgir nas mãos, pés e face.

As placas são avermelhadas, discretamente elevadas, com bordas bem definidas e escamação seca esbranquiçada. As lesões costumam ter de 1 a 10 cm de diâmetro e podem ser múltiplas ou poucas lesões isoladas. As placas costumam ser assintomáticas, mas alguns pacientes se queixam de coceira.

> Psoríase do couro cabeludo: afeta os leitos ungueais (parte abaixo das unhas das mãos e dos pés) e a cabeça, causando secura e placas.

> “Psoríase leve”: os sintomas da psoríase menos graves podem ser confundidos com eczema ou mesmo caspa.

> “Psoríase grave”: um termo habitualmente dado a formas dolorosas de psoríase, incluindo psoríase pós-arterial.

> Psoríase pustulosa: psoríase pustulosa é uma forma incomum que se caracteriza pelo aparecimento rápido de lesões avermelhadas, doloridas e com pústulas (bolhas com pus) em sua superfície.

Existe a forma localizada, que se restringe às mãos e aos pés, e uma forma disseminada, a variante mais grave, que se associa à febre, calafrios, prostração e hepatite.

Essas lesões apresentam pus, mas são estéreis, ou seja, não estão contaminadas por germes e não são contagiosas.

> Psoríase invertida: nessa forma, as lesões surgem predominantemente em áreas de dobras, como axilas, virilhas, glúteos, seios e região genital. É mais comum em pessoas obesas e piora com a fricção e a umidade do suor.

A psoríase invertida causa lesões avermelhadas, mas sem descamação, sendo muitas vezes confundida com lesões fúngicas ou bacterianas.

> Psoríase eritrodérmica: é a forma mais rara de psoríase. Neste tipo, ocorrem lesões avermelhadas, doloridas e descamativas difusamente por mais de 80% da superfície corporal.

É uma forma grave de psoríase, sendo uma emergência médica, pois a pele toda inflamada perde sua condição de barreira contra germes do meio externo, deixando o paciente exposto a infecções graves.

>Psoríase gutata: se manifesta como microlesões. São múltiplas lesões em forma de gota, acometendo geralmente o tronco e a parte superior dos membros.

As lesões da psoríase gutata surgem abruptamente, geralmente após um quadro de faringite ou amigdalite pela bactéria streptococcus.

Este tipo de psoríase pode desaparecer para sempre ou ficar apresentando recidivas toda vez que houver crises de faringite.

Os sintomas mais comuns, especialmente aqueles vistos em pessoas com psoríase em placas, incluem (5):

  •         Placas vermelhas na pele, talvez cobertas com uma crosta de escamas brancas;
  •         Lesões que podem ser sensíveis, pruriginosas e dolorosas;
  •         Caspa no couro cabeludo;
  •         Pele rachada e descolorida, que sangra com facilidade;
  •         Descoloração no dedo e nas unhas dos pés ou crescimento de fungos na unha.

Muitas pessoas com psoríase também sofrem de problemas emocionais devido ao sentimento de constrangimento em relação a sua pele (6).

Outros sintomas podem incluir:

>> Dor nas articulações e inflamação – afeta cerca de 10% a 30% das pessoas com qualquer forma de psoríase;

>> Placas grave e dor nas mãos e pés – mais comum entre as pessoas com psoríase pustulosa;

>> Piora da função imunológica – psoríase pode contribuir para infecções recorrentes, lenta cicatrização da pele e danos permanentes à pele;

>> Fadiga – Outros sintomas comuns entre pessoas com doenças autoimunes são queixas digestivas, confusão e alergias.

Tratamento Natural

Ela não possui cura definida e é essencial orientação médica. Mas alguns tratamentos naturais podem ajudar a melhorar os sintomas dela.

  1. Dieta Anti-inflamatória

A dieta anti-inflamatória pode ajudar a repor nutrientes. Alguns dos melhores alimentos para ajudar a aliviar os sintomas da doença incluem:

> Alimentos probióticos: o Kefir por exemplo, pode ajudar a reduzir a inflamação e aumentar a imunidade.

> Alimentos ricos em fibras: A fibra é encontrada em quase todos os alimentos vegetais que são ricos em nutrientes e antioxidantes, como frutas frescas, legumes e nozes.

> Peixes: Salmão, cavala e sardinha são exemplos de peixes com alto teor de gorduras omega-3 anti-inflamatórias.

> Alimentos ricos em zinco: Zinco é fundamental para manter a pele saudável. Boas fontes do nutriente incluem sementes de abóbora, carne, sementes e leguminosas.

> Alimentos ricos em vitamina D e vitamina A: Legumes e frutas são a sua melhor fonte de vitamina A, incluindo folhas verdes, bagas e brócolis.

A vitamina A é fundamental para a cicatrização da pele, e age como um antioxidante que reduz a inflamação.  

A vitamina D afeta o sistema imunológico e as células da pele de forma positiva e pode ser obtida a partir de ovos e certos cogumelos. Porém, há alguns alimentos que podem agravar os sintomas da doença e contribuem para reações autoimunes, como:

> Alérgenos comuns: Produtos lácteos convencionais e glúten podem causar sensibilidades ou alergias alimentares no trato digestivo, que desencadeiam a inflamação. Muitas pessoas com psoríase têm dificuldade em digerir A1 caseína, uma proteína encontrada no leite de vaca.

>> Óleos hidrogenados e alimentos fritos: Encontrados na maioria dos alimentos embalados ou industrializados, esses alimentos podem ser difíceis de digerir para pessoas com psoríase e são ricos em ômega-6.

  1. Exposição ao Sol

Se expor ao sol 20 minutos diariamente, três a quatro dias por semana, pode melhorar significativamente os sintomas de psoríase, aumentando os níveis de vitamina D.

Pesquisas mostram que a vitamina D muda a forma como as células crescem e pode ajudar a retardar a produção de células da pele em pessoas com psoríase, o que reduz a placa.

Isso ajuda a aliviar os sintomas da doença, como a pele espessa e escamação.

A vitamina D também afeta positivamente o sistema imunológico e pode diminuir as reações autoimunes ou inflamação (7).

  1. Diminua o estresse

O estresse físico pode agravar os sintomas.

Pessoas com essa doença muitas vezes usam técnicas de relaxamento e fazem um esforço para reduzir o estresse geralmente notam melhorias nos sintomas, o que faz sentido, considerando que a psoríase é uma doença autoimune.

As desordens autoimunes são frequentemente agravadas pelo estresse devido à forma como a resposta “luta ou fuga” afeta o sistema imunológico. 

Faz com que seja liberado níveis mais elevados de proteínas inflamatórias chamadas citocinas e contribuindo para desequilíbrios hormonais (8).

Exercícios físicos, meditação, yoga e passar tempo ao ar livre, pode ajudar a melhorar os sintomas da inflamação e controlar os sintomas da doença.

Causas

Como outras doenças autoimunes, ela é causada por uma combinação de diferentes fatores.  Pesquisa sugere que podem incluir:

  •         Genética – cientistas já identificaram cerca de 25 variantes genéticas que tornam uma pessoa mais propensa a desenvolver doença psoriática;
  •         Estresse físico ou emocional;
  •         Altos níveis de inflamação e imunidade enfraquecida (9);
  •         Dieta pobre em nutrientes e dificuldade em digerir gorduras e proteínas;
  •         Alterações hormonais (como puberdade, gravidez ou menopausa);
  •         Deficiência em certos nutrientes, como deficiência de vitamina D (10);
  •         Má função hepática (11);

No entanto, apenas 2 a 3% da população desenvolve a doença. 

Os pesquisadores acreditam que para uma pessoa desenvolver essa doença, ela deve ter uma combinação dos genes que causam psoríase, e ser exposto a fatores externos específicos conhecidos como gatilhos (12).

Manter uma alimentação de verdade, se expor diariamente ao sol e diminuir o estresse ajuda a melhorar os sintomas.

Também é fundamental procurar orientação médica.

Abraços e fique com Deus!

Dr. Juliano Pimentel.

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Sobre o autor

Olá, eu sou o doutor Juliano Pimentel. Médico, fisioterapeuta e coach que ajuda as pessoas com conteúdos sobre saúde, alimentação e emagrecimento. Também sou celíaco e tenho uma vida de pesquisa sobre o Glúten.

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