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Dieta Cetogênica Alivia os Sintomas de Transtorno Bipolar?

Dieta Cetogênica Alivia os Sintomas de Transtorno Bipolar?

Ser vítima do transtorno bipolar pode causar problemas sérios em todos os aspectos da sua vida social, profissional e no campo afetivo. É inegável que a pessoa com transtorno bipolar precisa fazer terapia, pois isso auxilia no alívio dos sintomas e na qualidade de vida.

Mas a mudança na dieta vem como algo associado ao tratamento do problema, e que tem resultados efetivos.

A dieta cetogênica é recomendada por “n” motivos para quem sofre com a bipolaridade, mas cabe lembrar que somente ela não cura o problema. Sempre consulte o médico para verificar a melhor forma de tratamento.

Para que possa entender melhor, comece aprendendo mais sobre a dieta cetogênica.

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Transtorno Bipolar X Dieta Cetogênica

A dieta cetogênica é aplicada desde os anos 20. Essa forma de se alimentar é rica em gorduras e possui um baixo teor de carboidratos, deixando o seu organismo com aspectos similares aos quais você só tem quando está de jejum.

O carboidrato não é um vilão do ganho de peso, se souber consumir e escolher o melhor tipo. Mas é evidente que ele traz alguns impactos à saúde.

Os carboidratos e a glicose proporcionam ao nosso organismo energia, além de ser o combustível para a atividade cerebral. 

Ao eliminar ou diminuir a quantidade de carboidratos da sua dieta; a gordura estocada no seu organismo toma o lugar da glicose; e carboidratos como fonte de energia para as atividades do seu corpo.

Com a ausência dos carboidratos e glicose o seu fígado vai diluir as gorduras, transformando essas partículas em substâncias conhecidas como cetonas, que proporcionam ao organismo mais energia do que carboidratos

As cetonas, por sua vez, vão caminhar pelo corpo por meio da corrente sanguínea, alimentando assim o cérebro.

Confira as duas variações da dieta:

1- Cetogênica clássica

A dieta cetogênica comum, mais clássica, tem como caracteriza o consumo de uma proporção de 3 para 1 a 5 para 1 quando o assunto é a gordura consumida, versus a proteína somada a fração de carboidratos. 

Nessa dieta você tem de três a cinco vezes a quantia de gordura se compararmos aos alimentos recomendados, que possui proteína e carboidratos combinados que você deve ingerir. 

Nesse caso, a base da dieta é formada por alimentos que tem gorduras positivas, como por exemplo: abacate, peixes (sardinha, salmão e afins), frango, carne vermelha, leite de coco, sementes e nozes. 

Nesse caso a ingestão recomendada de carboidratos vem dos vegetais (1,2,3).

2- Cetogênica MCT

Quando a dieta seguida é a de triglicerídeos de cadeia média (MCT), a pessoa vai ter como fonte principal das calorias diárias (60%) vindas de um tipo de óleo de coco. 

Um diferencial desse estilo de cetogênica é que você consome mais tipos de proteínas e carboidratos bons do que se comparado com a cetogênica clássica, que é mais simples de seguir.

As mesmas medicações ministradas no controle de problemas com convulsões são recomendadas para quem precisa controlar a bipolaridade.

Como algumas pesquisas relatam que a dieta ajuda no controle até da epilepsia, pesquisadores também começaram a se voltar para essa solução para quem tem bipolaridade confirmada.

Quando a pessoa está muito deprimida, ou com um estado que exalta pensamentos maníacos e extremos comportamentais, o cérebro produz pouca energia.

Quem aposta em uma dieta cetogênica amplia a energia cerebral, estimulando o raciocínio e o controle de comportamentos depressivos e maníacos.

Geralmente, quem sofre de bipolaridade, possui uma quantidade de sódio bem acima ao encontrado em pessoas que não padecem dessa doença.

Por isso, alguns medicamentos usados no combate da bipolaridade também controlam as quantidades de sódio no organismo.

Dieta cetogênica Ajuda com o transtorno bipolar?

A dieta cetogênica funciona exatamente dessa maneira, controlando os níveis elevados de sódio no nosso corpo. Apesar de não substituir a medicação em casos de transtorno bipolar, a dieta ajuda muito no controle desse distúrbio.

Infelizmente existe poucas pesquisas relacionadas à dieta cetogênica com o transtorno de bipolaridade. No entanto, as pesquisas iniciadas e estudos clínicos mostram resultados positivos.

De acordo com um estudo realizado em 2013, em que duas mulheres com transtorno bipolar do tipo II (quadro em que a pessoa tem depressão e muitas manias) seguiram a dieta cetogênica e apresentaram melhorias no comportamento maiores do que quando simplesmente tomavam a medicação.

A dieta seguida por uma durante dois anos consecutivos e a outra seguiu a dieta por três anos. O medicamento foi deixado de lado e ambas seguiram somente a dieta.

Mas é bom lembrar que esse foi um estudo breve, que não é recomendado deixar o tratamento e seguir a dieta.

Siga a recomendação médica. 

Você deve tentar uma dieta cetogênica?

A dieta cetogênica é excelente para vários aspectos da saúde, ajudando inclusive quem quer se libertar da obesidade para sempre. Por isso, aliar a qualquer tratamento de doença mental não é prejudicial em momento algum.

Quando o assunto é especialmente a bipolaridade, repito: não há nenhum estudo que comprove a eficácia com propriedade. Mas também não há nenhum estudo que mostre evidências negativas, pelo contrário, sempre que foi pesquisado sobre muitos pontos positivos foram levantados.

Seguir a dieta por um tempo muito vasto pode limitar o consumo de alguns alimentos com vitaminas essenciais ao corpo. No entanto, intercalar a dieta com alimentação saudável e com mais variedade no cardápio é uma excelente aposta.

A dieta cetogênica é pobre em vitaminas B, C e D, cálcio, magnésio e ferro. Nos primeiros dias da dieta principalmente é possível ter mau hálito, sentir-se mais fraco do que de costume, ter a sensação de náuseas e até constipação.

Em casos raríssimos a pessoa pode ter arritmia, pedras nos rins, fraqueza óssea e pancreatite. Em casos de dúvidas, consulte um médico antes de apostar nesse estilo de vida por conta própria.

Algumas pessoas também desenvolvem uma mudança no odor de respiração, níveis de energia e sintomas digestivos desagradáveis, como náuseas, vômitos e constipação. 

Em casos raros, a dieta levou a efeitos colaterais mais graves, como ritmos cardíacos anormais, pancreatite, ossos enfraquecidos e cálculos renais.

Mas, de modo geral, a dieta é excelente para estimular o organismo a funcionar com eficiência se estiver saudável.

Abraços e fique com Deus!

Dr. Juliano Pimentel

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Sobre o autor

Olá, eu sou o doutor Juliano Pimentel. Médico, fisioterapeuta e coach que ajuda as pessoas com conteúdos sobre saúde, alimentação e emagrecimento. Também sou celíaco e tenho uma vida de pesquisa sobre o Glúten.

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