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Excesso de gordura está associado ao câncer

Excesso de gordura está associado ao câncer

Muito mais do que estética, o excesso de gordura é realmente motivo de preocupação para a saúde a curto, médio e longo prazo. 

Embora pareça um papo já muito batido, existe uma preocupação real com o acúmulo de gordura, principalmente na região da cintura. 

À medida que as pessoas passam da meia-idade, sua proporção de gordura em relação ao peso corporal tende a aumentar – mais nas mulheres do que nos homens. Os quilos extras tendem a se estacionar em torno do meio.

Se a alguns anos atrás o excesso de gordura abdominal era considerado algo normal à medida que envelhecemos, agora mais do que nunca somos alertados de que, à medida que nossas cinturas crescem, também aumentam nossos riscos à saúde. 

Excesso de gordura abdominal

Excesso de gordura abdominal | Juliano Pimentel

Excesso de gordura abdominal. Imagem: (Divulgação)

A gordura abdominal, ou visceral, é uma preocupação particular porque é uma peça-chave em uma variedade de problemas de saúde. Isso porque muito mais do que a gordura subcutânea, do tipo que você pode segurar com a mão. 

A gordura visceral, por outro lado, fica fora de alcance, nas profundezas da cavidade abdominal, onde preenche os espaços entre nossos órgãos abdominais.

Por isso, a gordura visceral tem sido associada a distúrbios metabólicos e aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Nas mulheres, também está associado ao câncer de mama e à necessidade de cirurgia da vesícula biliar.

Aqui no blog tem um artigo bem completo sobre gordura visceral, clique para conferir.

Você é em forma de pêra ou em forma de maçã?

O excesso de gordura acumulada na parte inferior do corpo (forma de pêra) é subcutânea. Enquanto a gordura na área abdominal (forma de maçã) é em grande parte visceral. Onde a gordura acaba é influenciada por vários fatores, incluindo hereditariedade e hormônios. 

À medida que as evidências contra a gordura abdominal aumentam, cada vez mais está correlacionada com os riscos à saúde. Por isso, é preciso cada vez mais monitorar as mudanças que ocorrem com a idade e o ganho ou perda geral de peso.

A gordura que você pode beliscar é a gordura subcutânea. Já a gordura dentro de sua barriga (a gordura visceral) pode ser vista e medida, mas não comprimida.

As complicações do excesso de gordura acumulada

Pesquisas sugerem que as células de gordura – particularmente as células de gordura abdominal – são biologicamente ativas. 

Sendo assim, é apropriado pensar na gordura como um órgão ou glândula endócrina. Já que produz hormônios e outras substâncias que podem afetar profundamente nossa saúde. 

Está ficando claro que o excesso de gordura corporal, especialmente a gordura abdominal, interrompe o equilíbrio e o funcionamento normal dos hormônios.

Além disso, a gordura visceral bombeia substâncias químicas do sistema imunológico chamadas citocinas – por exemplo, fator de necrose tumoral e interleucina-6 – que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Acredita-se que esses e outros bioquímicos tenham efeitos deletérios sobre a sensibilidade das células à insulina, pressão arterial e coagulação do sangue.

Uma razão pela qual o excesso de gordura visceral é tão prejudicial pode ser sua localização perto da veia aorta. Responsável por transportar sangue da área intestinal para o fígado. 

Substâncias liberadas pela gordura visceral, incluindo ácidos graxos livres, entram na veia aorta e viajam para o fígado. Pois, é onde podem influenciar a produção de lipídios no sangue.

Além disso, o excesso de gordura está diretamente ligada ao colesterol total mais alto e ao colesterol LDL, ao colesterol HDL mais baixo e à resistência à insulina.

A resistência à insulina significa que as células musculares e hepáticas do seu corpo não respondem adequadamente aos níveis normais de insulina, o hormônio pancreático que transporta a glicose para as células do corpo. Os níveis de glicose no sangue aumentam, aumentando o risco de diabetes. Agora as boas noticias.

Exercício e dieta ajudam a perder gordura da barriga

Nenhuma surpresa: exercício e dieta. Manter-se fisicamente ativo ao longo do dia, bem como agendar tempo para exercícios estruturados, pode ser ainda mais importante do que a dieta.

O ponto de partida para controlar o peso, em geral, e combater a gordura abdominal, em particular, é  a atividade física regular de intensidade moderada  – pelo menos 30 minutos por dia (e talvez até 60 minutos por dia) para controlar o peso e perder barriga gordura.

O treinamento de força (exercícios com pesos) também pode ajudar a combater a gordura abdominal. Exercícios pontuais, como fazer abdominais, podem apertar os músculos abdominais, mas não atingirão a gordura visceral.

Dieta também é importante, por isso, preste atenção ao tamanho da porção e enfatize carboidratos complexos (frutas, vegetais e grãos integrais) e proteínas magras sobre carboidratos simples, como pão branco, macarrão de grãos refinados e bebidas açucaradas. Por fim, a substituição de gorduras saturadas e gorduras trans por gorduras poliinsaturadas também pode ajudar.

A melhor maneira de saber se você tem gordura visceral é medir sua cintura. A circunferência da cintura é um bom indicador de quanta gordura está dentro da barriga, ao redor dos órgãos. 

Para as mulheres, o risco de doença crônica aumenta se a circunferência da cintura for de 80 cm ou mais e para os homens de 94 cm ou mais. 

Estas medidas não se aplicam a crianças ou mulheres grávidas. Caso, suas medidas estejam muito próximas ou superiores às medidas de referência sugiro fortemente que você se informe mais sobre esse assunto e busque ajuda.

Quanto mais informação você tiver, melhor será o tratamento. 

Uma excelente fonte de estudo sobre esse tema é o livro: VISCERAL a gordura que mata.

Espero que esse material seja útil para te manter mais saudável.

Abraços e fique com Deus,

Dr. Juliano Pimentel.

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Sobre o autor

Olá, eu sou o doutor Juliano Pimentel. Médico, fisioterapeuta e coach que ajuda as pessoas com conteúdos sobre saúde, alimentação e emagrecimento. Também sou celíaco e tenho uma vida de pesquisa sobre o Glúten.

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