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Fatores Antinutricionais: Oxalato e as Pedras nos Rins

Fatores Antinutricionais: Oxalato e as Pedras nos Rins

Gerenciar sua dieta é uma das principais formas de ajudar a prevenir a formação de pedras nos rins.

Continuando a nossa série sobre Fatores Antinutricionais, hoje eu irei falar mais sobre o oxalato.

Se você já sofreu com pedra nos rins, é provável que concorde comigo que essa é uma condição extremamente dolorosa e desconfortável. Mas o que isso tem a ver com o nosso tema? Tem tudo a ver! Os cálculos renais são formados a partir de cristais que crescem em tamanho e vão para a superfície interior do rim. Estes cristais são normalmente feitos a partir de um acúmulo de excesso de cálcio, oxalato e / ou de ácido úrico na urina. Os cristais se transformam em “pedras” duras, que podem ser pequenas como um grão de areia ou grandes como uma pérola ou uma bola de golfe.

Embora haja vários tipos diferentes de pedras nos rins, cerca de 75% são de oxalato de cálcio, enquanto que 10 a 15% são cálculos de ácido úrico. Estes são os tipos mais afetados por mudanças dietéticas. [1]

Mas que alimentos contêm oxalato? Ele é encontrado em vegetais como espinafre, ruibarbo, acelga, beterraba, tomate, nozes e cacau. Quando absorvido, o oxalato não consegue ser metabolizado pelos humanos e é excretado pela urina. Se a quantidade de oxalato na urina estiver eleveda, aumenta o risco da formação de cálculos de oxalato de cálcio nos rins, pois ele é pouco solúvel na urina podendo também causar irritações na mucosa intestinal. [2, 3]

carambola

Por isso, a restrição da ingestão da substância na dieta tem sido sugerida como um tratamento para prevenir a presença ou formação de cálculos renais recorrentes em alguns pacientes. Alimentos com elevada quantidade de oxalatos, como o espinafre (180 mg/100mg) e a carambola (730 mg/100g) não são recomendados para pessoas com tendência a formação de cálculos renais e com outros problemas relacionados a estes tipos de sais, como a artrite, o reumatismo e a gota [4,5].

Pesquisas de Siener et al. [6] determinaram o conteúdo de oxalato solúvel e total de vários tipos de cereais (arroz, trigo, centeio, aveia, cevada, milho) e produtos de moagem, pães, bolos e massas (farinhas, amido de milho, flocos de milho, dentre outros). A quantidade de oxalato solúvel e total variou para os diferentes tipos de cereais de 3,2-148,9 mg/100g e 3,6-376,6 mg/100g, respectivamente e seus subprodutos, entre 0-131,2 mg/100g e 0-257,4 mg/100g, respectivamente. O maior teor de oxalato foi demonstrado para farelo de trigo (457,4 mg/100g). Para os autores, o maior teor de oxalato em grãos inteiros quando comparados aos produtos refinados sugere que o ácido oxálico está localizado, principalmente, nas camadas externas dos grãos de cereais.

Portanto, se você sofre com pedras nos rins, fique atento a sua alimentação e procure sempre acompanhamento médico.

Fique com Deus!

Fonte(s):
1 – Chai W, Liebman M. Effect of different cooking methods on vegetable oxalate content. J Agric Food Chem. 2005;53(8):3027-30.
2 – Santos MAT. Efeito do cozimento sobre alguns fatores antinutricionais em folhas de brócoli, couve-flor e couve. Ciênc Agrotec. 2006;30(2):294-301.
3 – Krause MV, Mahan LK. Estado nutricional do indivíduo. In: Krause MV, Mahan LK (Org.). Alimentos, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Roca; 2005. p. 192-236.
4 – Moreira FG, Iervolino RL, Dall’orto SZ, Beneventi ACA, Filho JLO, Góis AFT. Intoxicação por carambola em paciente com insuficiência renal crônica

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Sobre o autor

Olá, eu sou o doutor Juliano Pimentel. Médico, fisioterapeuta e coach que ajuda as pessoas com conteúdos sobre saúde, alimentação e emagrecimento. Também sou celíaco e tenho uma vida de pesquisa sobre o Glúten.

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