
Ritalina: A consequência do uso indevido

A Ritalina é um medicamento usado para tratar TDAH – Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Os diagnosticados com esse transtorno geralmente têm um alto nível de desatenção e hiperatividade e impulsividade.
Enquanto crianças, faz parte dos sintomas ter curtos períodos de atenção, ser esquecidos, ter dificuldades de realizar tarefas demoradas, bem como, dificuldades para organizar as tarefas.
E o medicamento mais indicado para tratar TDAH é a Ritalina. Isso porque esse medicamento age alterando as substâncias naturais no cérebro.
Como resultado o paciente consegue aumentar sua capacidade de atenção e foco.
Até aqui, tudo certo!
O grande problema, porém, é que de um tempo pra cá, a Ritalina tem sido usada em demasia. O uso desregulado tem consequências, confira!
O uso de Ritalina no Brasil

Ritalina e TDAH: importância de um diagnostico correto.
No Brasil, seguindo a tendência mundial, o uso vem crescendo ao longo dos anos. No ano 2000, o consumo nacional foi de 23 kg (Lima, 2005). Apenas seis anos depois, o Brasil fabricava 226 kg de metilfenidato e importava outros 91 kg (ONU, 2008) (1).
E esse aumento está muito relacionado aos diagnósticos de TDAH. Isso porque tanto a falta de atenção, como o baixo rendimento escolar de crianças e adolescentes, passou a ser justificado biologicamente como TDAH.
E assim, os diagnósticos só aumentam a cada dia. Aliás, em muitos casos não há critério suficiente.
De fato, o metilfenidato, conhecido no Brasil como ritalina, é um excelente medicamento para tratar esse transtorno. Porém, não deve ser usado tão deliberadamente, pois traz consequências.
Efeitos colaterais da ritalina
Nem tudo são flores, assim como outros medicamentos, o uso do metilfenidato tem consequência. Um estudo realizado com crianças de 5 a 15 anos mostrou bem os efeitos do medicamento.
Para a comparação, parte dos estudados consumiram o medicamento e outra parte placebo. Como resultado, os estudantes que usaram a ritalina tiveram menor irritabilidade, menos ansiedade e além disso, roeram menos as unhas.
Por outro lado, esses mesmos estudantes tiveram mais insônia e distúrbio do apetite. Assim como, dor de estômago, dor de cabeça, tontura e menos confiança em si mesmos (2).
O problema maior dessa situação é que essas dores causadas pela medicação podem se tornar crônicas. E o paciente passa a consumir mais medicamentos para “tratar” o efeito colateral da ritalina.
É assim que se cria uma bola de neve com a saúde das pessoas.
Qual a solução?
Usar o medicamento apenas se o diagnóstico foi realizado de maneira correta, com critério e avaliação interdisciplinar.
Caso contrário, prefira intervenções mais naturais que vão ajudar as crianças. É mais trabalhoso, porém, é mais saudável!

Sem usar Ritalina, ajude as crianças a superarem as frustrações.
1 – Direto ao ponto
Se a criança precisa realizar alguma atividade, vá direto ao ponto. Ou seja, evite ficar falando muito antes da ação e comece o quanto antes. Afinal, quanto mais você adia o início de uma tarefa, mais difícil pode ser se concentrar nela. Isso vale para ações para a escola e em casa.
2 – Todos têm um limite
Observe qual o limite da sua criança. Ou seja, se uma lista de 10 afazeres é muito pra ela, diminua a lista.
Ter essas listas é importante. No momento de fazer o dever de casa, por exemplo, faça a lista para que a criança arrume a mesa, pegue os materiais necessários e desligue a Tv.
Entenda o limite de atividades e de tempo que a criança suporta.
Vocês podem definir um tempo para cada atividade. Converse com a criança, estipule o tempo e ao final disso, deixe a criança livre.
3 – Aumentar a confiança
A criança mais desatenta tende a justificar tudo com a frase: “não consigo”. Sendo assim, ajudar ela a criar confiança em si é muito importante.
Uma das maneiras mais legais de fazer isso é apontar o que ela consegue fazer. Além disso, praticar a atenção plena é útil para aumentar essa confiança e o foco por mais tempo.
Por fim, os exercícios de atenção plena consistem em prestar atenção e focar. Aliás, estudos têm mostrado que a atenção plena pode ajudar as crianças a melhorar seu comportamento e sua capacidade de se concentrar nas aulas e nas tarefas escolares.
Uma forma de praticar é sentar-se calmamente e focar na inspiração e expiração. Respirar profundamente antes da aula ou teste pode fazer a diferença.
Essas são apenas três dicas para te mostrar que é sim possível ajudar suas crianças de maneira natural sem comprometer a saúde delas.
Eu tenho um vídeo sobre os principais erros cometidos na criação dos filhos. Assista antes de ir!
Deixe seu comentário, quero saber o que você achou!
Abraços e fique com Deus!
Dr. Juliano Pimentel.
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