Asma: Quais são as Causas, Sintomas e Tratamento
A Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que precisa de muita atenção. O pulmão de uma pessoa asmática é diferente de um pulmão saudável, pois os seus brônquios são mais sensíveis e inflamados, reagindo ao menor sinal de irritação.
E saiba que o problema é mais comum do que pensamos, cerca de 235 milhões de pessoas no mundo são asmáticas, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Estima-se que, no Brasil, cerca de 10% da população sofra com o problema (1).
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Asma
Asma é uma condição caracterizada por dificuldade respiratória e estreitamento das vias aéreas (incluindo o nariz, passagens nasais, boca e laringe) levando aos pulmões (4).
A boa notícia é que o estreitamento das vias aéreas que causa os sintomas de asma, geralmente pode ser revertido com certas mudanças de estilo de vida e tratamentos.
Uma característica da asma é que os sintomas tendem a ocorrer de repente em resposta a estímulos que irritam o sistema imunológico e passagens aéreas.
Pesquisas mostram que mais de metade das pessoas asmática adultas experimentam um ataque significativo pelo menos uma vez por ano.
Ela é considerada como um dos problemas de saúde crônica, mais comuns durante a infância.
Pesquisas mostram que mais meninos tendem a desenvolver a doença antes da puberdade e mais meninas depois.
As crianças têm mais ataques em média do que os adultos, e cerca de 60% das crianças com asma sofrem um ou mais ataques de asma ao longo de um ano.
Embora asma seja mais provável de impactar crianças, os ataques em adultos tendem a ser mais graves.
Causas
A asma perturba as funções normais das vias aéreas atingindo os pulmões que nos permitem respirar.
A parte das vias aéreas mais afetadas pela asma é geralmente os brônquios.
Os broncos parecem tubos finos e longos que são controlados por movimentos musculares que impulsionam o ar para dentro e para fora dos pulmões. As paredes musculares dos brônquios têm células minúsculas com receptores denominados beta-adrenérgicos e colinérgicos.
Estes receptores estimulam os músculos dos brônquios a contrair e liberar dependendo de estímulos, tais como certos hormônios ou a presença de micróbios.
Em resposta aos gatilhos, o fluxo de ar às vezes pode ser reduzido, isso ocasiona menos ar limpo fazendo o seu caminho para os pulmões e também mais ar cheio de dióxido de carbono remanescente nos pulmões (5).
A asma também se desenvolve devido a quantidades anormais de muco espesso sendo liberado para as vias aéreas, ou de inflamação e inchaço das vias aéreas devido a alergias.
Há muitos fatores que contribuem para a doença, incluindo ter uma dieta desregrada, estar com sobrepeso ou obeso, ter baixa função imunológica, passar pouco tempo ao ar livre e ter uma história familiar de asma.
Com as taxas de asma crescendo, a atenção na comunidade médica tem agora voltado para o papel potencial que os antibióticos e vacinas podem desempenhar no desenvolvimento da asma (chamado de “hipótese de higiene“) (2).
Embora a teoria ainda não tenha sido provada, alguns especialistas acreditam que a asma pode estar afetando mais pessoas hoje do que nunca, devido ao uso generalizado de medicamentos que alteram as funções imunes normais.
Soma-se este problema à nova realidade de que mais pessoas estão gastando muito tempo dentro de casa, onde vários fatores irritantes podem ser encontrados.
Além disso, taxas crescentes de obesidade nos últimos 30 anos têm contribuído para o aumento dos diagnósticos de asma.
Sintomas e sinais
Os sintomas de asma variam muito em termos de gravidade e frequência. Algumas pessoas permanecem livres de sintomas na maior parte do tempo, e outras apresentam sintomas ou ataques muito mais frequentemente.
Os sintomas mais comuns incluem (3):
– Espirros e tosse;
– Sibilos, incluindo sons que emanam de seu peito enquanto você tenta respirar;
– Falta de ar enquanto você tenta falar ou inalar;
– Pressão e aperto no peito;
– Sinais de má circulação e oxigênio, incluindo dedos de pés ou dedos de cor azul ou púrpura;
– Tontura e fraqueza;
– Falta de coordenação e equilíbrio;
– Pânico ou ansiedade;
– Olhos lacrimejantes e vermelhos, garganta pruriginosa ou nariz escorrendo;
– Glândulas inchadas e gânglios linfáticos inchados no pescoço;
– Boca seca;
– Dificuldades para se exercitar;
– Entre outros problemas.
A doença é classificada em quatro categorias gerais:
Grau 1: sintomas leves e intermitentes até dois dias por semana e até duas noites por mês, em geral com predomínio dos sintomas no inverno, por exemplo
Grau 2: sintomas persistentes e leves mais do que duas vezes por semana, mas não mais do que uma vez em um único dia
Grau 3: sintomas persistentes moderados, uma vez por dia e mais de uma noite por semana
Grau 4: sintomas graves persistentes ao longo do dia na maioria dos dias, e frequentemente durante a noite.
Tratamentos naturais
1. Reduzir a Exposição a Fatores Irritantes
Sair mais e gastar menos tempo em locais com altas quantidades de ácaros, fumos químicos e outras toxinas podem ajudar a controlar os sintomas da asma.
Embora você possa pensar que estar ao ar livre expõe alguém a alergias sazonais, ao longo do tempo, seu organismo se torna resistente e isso pode ser benéfico.
Limpar a sua casa regularmente com produtos naturais, aspirando, difundindo óleos essenciais e usando um umidificador também ajuda.
2. Dieta
A maioria das pessoas com asma têm algum tipo de alergias, que podem incluir alergias alimentares ou intolerâncias que contribuem para a perda de saúde intestinal.
A remoção de alimentos alérgicos e inflamatórios de sua dieta (como glúten, laticínios convencionais e alimentos processados) ajuda a reduzir os sintomas de asma.
3. Pare de fumar
Fumar cigarros ou usar produtos de tabaco piorar (muito) os sintomas da asma, sem contar que eles geralmente causam muitos outros problemas de saúde e pulmão.
Os fumos, a inalação de gases e o contato com detritos de construção (entre outros tipos de poluição), também devem ser evitados
4. Mantenha o peso ideal para a sua estatura
A obesidade está associada a um maior risco de asma e outros problemas respiratórios, incluindo apneia do sono.
Embora o exercício às vezes possa causar alguns sintomas em pessoas que já têm asma, ficar ativo é muito benéfico para melhorar a função imunológica, evitando a obesidade e diminuindo a inflamação.
5. Evite condições que desencadeiam ataques
Mudanças de temperatura muito drásticas, umidade, altas temperaturas ou frio extremo podem tornar os sintomas de asma piores.
Fatores de Risco
1-Antibióticos e Vacinas
Estudos sugerem que o uso de vacinas e antibióticos de maneira indiscriminada pode ter um impacto negativo sobre as respostas do sistema imunológico, contribuindo para problemas como aumento das alergias alimentares e sintomas de asma (6).
Antibióticos e vacinas podem mudar as atividades de um grupo especial de glóbulos brancos chamados linfócitos, que normalmente ajudam a proteger o corpo de infecções ou vírus.
Em resposta a antibióticos e vacinas, no entanto, os linfócitos podem começar a liberar certos produtos químicos que causam reações alérgicas e contrai as vias aéreas.
2-Passar muito tempo Dentro de Casa
O fato de que crianças e adultos passam mais tempo do que nunca dentro de casas limpas e muito higiênicas parece uma coisa boa, mas isso pode realmente reduzir a sua capacidade de construir o sistema imunológico.
Além disso, estar no interior aumenta a exposição a certos fatores alérgicos ou irritantes que podem acumular dentro de casa, incluindo ácaros da poeira, esporas de mofo, pelos de animais e outros micróbios.
Obesidade, alergias, distúrbios autoimunes e outras condições médicas, que afetam os pulmões e causam baixa imunidade
Sabia que até mesmo infecções da infância podem afetar o tecido pulmonar e fazer com que as vias aéreas se estreitam ou se inflamam?
3-Genética
Estudos mostram que a asma tende a afetar famílias, embora geralmente não seja adquirida unicamente pela genética.
Os pais que têm asma devem ter o cuidado de ficar atentos aos sinais de asmas e alergias em seus filhos, a fim de prevenir ataques.
4-Má Postura
A compressão dos pulmões causada por má postura também pode contribuir para os sintomas.
Tratamento convencional
Médicos usam medicamentos e inaladores para ajudar a controlar os ataques de asma e prevenir emergências ou complicações.
A maioria dessas drogas pode ajudar a abrir as vias aéreas muito rapidamente, evitando complicações.
Alguns referem-se a estas drogas como “drogas de resgate”, uma vez que têm o benefício de ajudar alguém a respirar novamente em poucos minutos.
Porém, a longo prazo não são muito eficazes para tratar as causas subjacentes de asma ou outros problemas respiratórios.
A asma é uma condição que afeta a respiração causada por vias aéreas estreitas, sistema respiratório inchado ou inflamado e reações anormais do sistema imunológico (7).
Para quem busca melhorar os sintomas é importante gastar mais tempo ao ar livre, evitar a exposição à poluição e eliminar as alergias alimentares investindo em uma alimentação de verdade.
E pensando na saúde como um todo, é necessário um conjunto de mudanças e adaptações para você viver melhor; meditar ajuda o seu corpo em muitos aspectos, mas não basta se você continuar consumindo alimentos industrializados e processados.
É necessário implementar uma reeducação alimentar e mudanças no estilo de vida.
Dr. Juliano Pimentel.
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