3 dicas para lidar com azia.
Azia e má digestão são problemas presentes na vida de mais de 20 milhões de brasileiros adultos. Mas, existem maneiras de lidar com a azia de modo a não incomodar tanto, nem atrapalhar nos afazeres do dia a dia.
Porque sim, a sensação de queimação incomoda e atrapalha as pessoas em sua rotina. É uma condição dolorosa e debilitante, e sempre traz alguma ansiedade, pois os sintomas podem se assemelhar a um evento cardíaco.
O que é azia?
A azia é tão incomoda porque o principal sintoma é uma dor ardente no peito que geralmente começa depois de comer ou beber e piora quando você se deita.
Ainda que o nome azia não tenha nada a ver com o coração, às vezes parece que sim, por causa desse incômodo próximo ao peito.
Além disso, também pode ser acompanhado por um gosto desagradável na boca e dificuldade em engolir.
De modo geral a azia é causada pelo refluxo ácido, que acontece quando o ácido do estômago flui para o esôfago.
A dor resultante é porque o revestimento do esôfago é muito mais sensível do que o revestimento do estômago. Quando o refluxo ácido se torna uma condição crônica, é chamado de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).
Além dos sintomas desconfortáveis e preocupantes, a DRGE e a azia podem ter sérias consequências para a saúde, incluindo um risco aumentado de câncer de esôfago e esofagite. Há também uma correlação entre DRGE e síndrome do intestino irritável (SII) – mais sobre isso abaixo.
Síndrome Do Intestino Irritável causada pelo Glúten
As causas da azia e DRGE
Considerando o que já foi explicado até aqui, seria fácil assumir que a causa da azia e da DRGE é um excesso de ácido estomacal.
No entanto, não é bem assim. Primeiramente você precisa saber que:
- Azia e DRGE são cada vez mais comuns com a idade. Ou seja, produzimos menos ácido estomacal à medida que envelhecemos.
No entanto, a abordagem típica para tratar azia e DRGE é diminuir a produção de ácido estomacal.
Não é de admirar que esses tratamentos sejam muitas vezes ineficazes – eles não abordam a causa raiz e apenas mascaram os sintomas – temporariamente!
Na verdade, eles podem piorar uma situação ruim. Antiácidos vendidos sem receita, como Tums ou Maalox, por exemplo, podem causar constipação. Outros tratamentos, como inibidores da bomba de prótons, podem afetar o equilíbrio das bactérias no intestino, com efeitos de longo alcance, com uso a longo prazo.
Então, o que causa azia e DRGE?
Como o esôfago é sensível, qualquer quantidade de ácido pode ser prejudicial. É por isso que a válvula esofágica inferior (LES) atua como um “portão” unidirecional que permite que alimentos e líquidos entrem no estômago, mas impede que o ácido estomacal escape para o esôfago.
Com isso em mente, faz sentido que a causa raiz não seja necessariamente um excesso de ácido que deve ser de alguma forma interrompido, mas um mau funcionamento do LES (o portãozinho entre esôfago e estômago).
Várias coisas podem fazer com que o LES funcione de forma ineficaz, incluindo:
- Comer demais
- Obesidade
- Deitar depois de comer
- Curvar-se com o estômago cheio
A maioria das pessoas com azia e DRGE percebe o impacto dessas coisas em seus sintomas, e certamente faz sentido que a pressão abdominal faça com que o conteúdo do estômago volte para o esôfago. No entanto, muitas vezes falta um elemento vital – o papel das bactérias intestinais.
A função do intestino para lidar com a azia.
Pesquisas mostram que um desequilíbrio bacteriano no intestino produz gás suficiente para criar o mesmo tipo de pressão que os fatores acima, o que empurra o ácido do estômago para o esôfago.
O papel das bactérias também explica a correlação entre DRGE e SII, uma vez que a SII também é resultado de desequilíbrios das bactérias intestinais.
Este supercrescimento bacteriano é desencadeado pela má digestão de carboidratos.
Ironicamente, a redução do ácido estomacal contribui para o crescimento excessivo de bactérias. O gás resultante leva a um mau funcionamento do LES, de modo que o ácido escapa do estômago para o esôfago.
Essa dinâmica destaca as dificuldades com os inibidores da bomba de prótons como tratamento para a DRGE. Se eles criam supercrescimento bacteriano, em última análise, contribuem para um aumento, não para uma diminuição, da DRGE. Ou seja, o tratamento só piora a doença a longo prazo.
Maneiras de lidar com azia
Já ficou claro que muitos tratamentos convencionais podem piorar a situação e agir como uma solução de curativo na melhor das hipóteses.
Por isso, uma abordagem mais interessante é chegar à raiz do problema: supercrescimento bacteriano causado em parte pela falta de ácido estomacal. As etapas a seguir podem ajudar.
1 – Priorizar uma dieta que evite o crescimento excessivo de bactérias e proteja o ácido estomacal
O primeiro passo para lidar com a azia é entender que a comida que você consome desempenha um grande papel no equilíbrio de bactérias.
Alguns estudos descobriram que uma dieta baixa em carboidratos, por exemplo, retarda o crescimento de bactérias “ruins” no intestino e, consequentemente, reduz os sintomas. Algumas estratégias incluem:
- Concentre-se em carboidratos complexos, como batata-doce e aveia, quando você come carboidratos.
- Evite alimentos excessivamente processados comercializados como “low carb”
- Elimine os adoçantes artificiais e reduza o consumo de frutose.
- Evite alimentos extremamente ricos em fibras, pois podem contribuir para o aumento de gases
- Siga uma dieta baixa em Glúten, pois a dificuldade de digestão do glúten pode prejudicar o povoamento das bactérias intestinais.
2 – Restaurar o ácido estomacal
Para lidar com a azia não significa reduzir o ácido estomacal e sim, aumentar. Algumas maneiras de aumentar a produção de ácido estomacal incluem:
- Pequenas doses de ervas amargas, incluindo raiz dente-de-leão, gengibre, raiz de genciana e espinheira santa.
- Vinagre de maçã, suco de limão e mel não pasteurizado.
- Suplementos de ácido clorídrico. (Estes são melhor usados sob supervisão, pois são necessários alguns testes para obter a dose certa.)
- Mudanças no estilo de vida, como evitar beber muita água com as refeições, o que pode diluir o ácido estomacal.
3 – Restaurar as bactérias intestinais benéficas e o revestimento intestinal
O objetivo final para lidar com azia é trazer o equilíbrio bacteriano de volta ao seu sistema digestivo.
Suplementos probióticos podem ajudar a restaurar boas bactérias, mas alimentos e bebidas fermentadas são uma opção ainda melhor, pois contêm outros nutrientes benéficos. Isso inclui itens como kefir, iogurte, kimchi, chucrute, tempeh e kombucha (mas esteja ciente do teor de açúcar em seu kombucha!)
Também é importante proteger o revestimento do estômago. Certos medicamentos como esteróides, aspirina e ibuprofeno podem irritar o revestimento do intestino.
O estresse também pode danificar o revestimento do estômago, portanto, as estratégias de redução do estresse são sempre uma boa ideia.
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Dr. Juliano Pimentel.